Não sei se vocês repararam… aliás, a julgar pelo resultado de nosso questionário até agora (Você respondeu né? Não? Poxa, responde aí, vai! ^^) com certeza repararam que tem uma categoria chamada Clássicos aí em cima no menu que não tem nenhum post próprio até agora.
Na verdade, se você clicar no link dessa categoria vai encontrar os 5 posts sobre os antigos Resident Evil do Storino mais o meu artigo sobre os bits (recomendo a [re]leitura hein? 😉 ), mas tirando eles, não há ainda nenhum conteúdo que eu havia planejado especificamente praquela categoria.
Mas isso tem uma explicação: antigamente, na época do NZ Games, eu me limitava apenas a escrever sobre os jogos que eu jogava quando criança, apelando bastante pra nostalgia ao falar bem dos games que eu costumava rejogar no emulador. E sim, nós vamos começar a falar sobre games clássicos aqui no Conquista também, mas agora eu quero falar sobre TODOS ELES e não só dos que eu jogava quando moleque.
Daí que tá rolando todo esse hype gostoso com o tão aguardado – e finalmente lançado – Metal Gear Solid V: The Phantom Pain e aí eu pensei: “já que não vou poder comprar o jogo tão cedo e já que os únicos jogos que joguei da franquia de Hideo Kojima foram o primeiro Metal Gear Solid do PSX e o Metal Gear Rising: Revengeance, porque diabos eu não saio jogando todo o restante da franquia?”.
E assim tive a ideia de falar aqui no Conquista sobre games antigos que eu nunca joguei na vida. Não seria necessariamente uma resenha de cada jogo e sim apenas algumas impressões e comentários sobre os jogos que eu vou conhecendo depois de um tempo de jogatina. Por isso esta nova sessão do blog se chamará justamente assim: Conhecendo.
E como oportunista que sou, vou inaugurar essa budega falando dos únicos jogos que justificaram a existência do MSX (já que só lembram do MSX quando lembram deles, né?). O Conhecendo de hoje será sobre o primeiro Metal Gear, originalmente lançado em 1987 para o computador MSX2 e atualmente disponível no pacote Metal Gear Solid HD Collection (PS3 e Xbox 360).
Então chega de xurumela!
Comecei ontem a jogar esse jogo e logo de cara percebi porque danado Hideo Kojima é tão respeitado. Não que eu já não soubesse disso dada a avalanche de informações sobre o trabalho dele desde sempre, mas experimentar a primeira das grandes obras do sujeito me fez ter uma dimensão bem diferente da coisa.
Como eu disse antes, um dos únicos jogos que eu joguei da franquia Metal Gear foi o do primeiro PlayStation. E eu acho que se eu tivesse jogado o de MSX antes, em sua época, teria notado o quão atencioso com as origens da franquia Kojima foi ao desenvolver Solid, tamanha a quantidade de referências das quais só agora me dei conta!
Muitos dos elementos encontrados em Metal Gear Solid e que se tornariam padrão em todos os outros jogos já estão lá, de uma forma mais rudimentar e limitada, mas cumprindo perfeitamente seu papel. Foi bem bacana ver o Snake chegar nadando em um riozinho até chegar na base militar, igualzinho a como ele faz em Solid. Aquela bendita caixa de papelão também marca presença. Até mesmo o lança-mísseis que dispara um míssil controlado manualmente (minha arma favorita do Solid, juntamente com o míssil teleguiado) também já existia e veio desse jogo!
Quem não lembra do trecho de Metal Gear Solid onde temos que disparar um míssil guiado manualmente para acertar um gerador e desativar o chão eletrificado?
Devo dizer que eu tive uma sensação bacana de descoberta quando tive que fazer a mesma coisa no original do MSX. Sabe quando você olha e pensa “uia que massa!”?
Pois é. ^^
Também entendi bem como as limitações de desempenho do MSX acabaram moldando Metal Gear e impedindo que ele se tornasse apenas mais um jogo de tirinho como tantos em sua época: move-se apenas uma tela por vez (bem diferente do dinamismo de um Contra da vida), os inimigos não aparecem em tão grande quantidade e todo mundo tem pouquíssimos quadros de animação (o Snake deve ter só uns 3). Até a movimentação eu tô achando bem pesada, com todo mundo se movendo bem lentamente (e isso porque estou jogando no Xbox 360, onde a emulação tecnicamente é mais rápida do que se o jogo rodasse em um MSX de verdade).
Só sei que tô achando bem interessante jogar um jogo que eu nunca tive contato, que está separado dos games atuais por quase duas décadas de tecnologia e que ainda assim eu consigo jogar com muita facilidade e fluidez só por já ter me familiarizado com suas mecânicas replicadas nos jogos mais recentes. Metal Gear é como Super Mario, é a quintessência de sua própria fórmula de jogo: enquanto que no jogo da Nintendo você já sabe que tudo que precisa fazer é correr e pular, neste nem precisaríamos do Big Boss enchendo o saco no Codec Transceiver pra perceber que tudo que precisamos fazer é andar na maciota libertando reféns e matando soldados sem ser notado.
Isso pode parecer óbvio hoje em dia, mas estamos falando da mesma Konami que criou outra fórmula excelente de jogo com o primeiro Castlevania, não compreendeu o motivo do sucesso dele, cagou no pau nos jogos posteriores e só conseguiu acertar de novo em Rondo of Blood e em Symphony of the Night!
Eu ainda tô um bocado no começo do jogo: praticamente acabei de ser capturado e preso na cela ao lado da de Gray Fox, libertei-o, saí da cela e agora tô explorando outros lugares do complexo militar sem saber muito o que fazer. E percebi o quanto me tornei um jogador preguiçoso que não suporta mais tão bem jogos com backtracking: dos oito keycards necessários para se avançar no jogo eu só descobri TRÊS até agora, além de eu já ter ido e voltado nas mesmas salas diversas vezes pra abrir portas que antes eram inacessíveis só com o keycard nº 1.
Dá uma preguiça danada de vez em quando, a ponto de eu enjoar e parar de jogar por um tempo. Mas tá sendo bem interessante descobrir os segredos desse labirinto retrô maldito. 😛
***
Bom, basicamente é isso. Em cada artigo do Conhecendo eu falarei sobre um jogo diferente, na tentativa de conhecer mais pérolas do passado e contar os resultados dessas minhas experiências pra vocês. Nesse início, dada a minha empolgação, talvez eu deva dar mais foco na franquia Metal Gear (é provável que eu fale sobre Metal Gear 2: Solid Snake já no próximo texto), mas este novo espaço do Conquista abordará tudo quanto é jogo de tudo quanto é plataforma das antigas.
Então, se você gostaria que eu experimentasse algum game em particular, por favor deixe seu pitaco aí nos comentários! ^^
Street Fighter 2010 the Final Fight para nintendinho. O detalhe é que o jogo foi produzido pela Capcom, seu personagem principal é Ken, e não se trata de jogo de luta, mas sim de plataforma. Comprei no Virtual Console do 3DS e gostei bastante. =)